O Homem Vertical - A política por dentro.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Cartas ao Capital

Já disse, mas não custa relembrar. Estou fazendo um documentário sobre como se faz política no Brasil – comparando a perspectiva dos políticos e da população, me chamo André Perfeito e sou geminiano. Às vezes é bom repetir para não esquecer.

Pois bem, refeita a consciência, vamos a o assunto deste postado.

Uma das grandes dificuldades que encontrei para “vender” esse projeto é que ninguém me conhece. Política já é um assunto complicado, se o patrocinador nem ouviu falar de mim fica impossível conseguir suas graças. Por isso fiz este blog. Para ganhar dinheiro. (auauahuahau – risada maligna).

Cheguei a conclusão que – na verdade – não sou eu quem não conhece as pessoas importantes, são as pessoas importantes que não me conhecem. Prazer, André Perfeito.

Resolvi também fazer um press-release do projeto e enviar à um cem número de jornais e revistas. Não fiz distinção de raça, sexo ou idade. Mandei pra todas. Duas revistas se interessaram, e uma fez o pedido.

Terça-feira última acordo ao meio dia com o celular tocando. Era um tal de Maurício Dias da Carta Capital dizendo ter interesse na história. Resumindo o causo: deve sair um artigo meu na Carta Capital dessa semana onde comento algumas falas dos entrevistados: ACM, Roberto Jefferson e Dirceu. Tive que escrever três textos até aceitarem. Tudo bem. Como não sou jornalista juramentado fiquei um pouco confuso com o processo. Tudo bem.

Agradeço muito a oportunidade.

Vou publicar aqui as entrevistas que não foram pro prelo. São textos meio grandes para um blog, mas vale o registro.

André Pereira

Que nem o índio: quando volta, volte em pé!

Um bom filho a casa torna, antes só que mal acompanhado e água mole tanto bate até que fura. Este post é um chavão, é um alô.

Pois bem, voltei.

Depois de três meses do último post tenho algumas novidades, muitas explicações e um tanto de planos. Primeiro pelas escusas.

Fiquei sem postar nada nos últimos meses porque estava de saco cheio. Essa é a verdade. Se quisesse tinha escrito nem que seja um oi, um alô.

Mas se quer outro viés da mesma história eu forneço. Desde de que o projeto foi aprovado na Lei Rouanet (como disse no último post) tenho apresentado à um monte de empresas a minha empreitada. Um sucesso retumbante. Todo mundo adorou a idéia, mas na hora de por a mão no bolso são outros quinhentos. Mesmo sendo incentivado, na faixa! Política no Brasil é um troço complicado. Todo mundo gosta, mas não se envolve. É como um sex-shop, todo mundo vai mas quando sai levanta a gola do sobre tudo e afunda o chapéu na cabeça. Fazer o que?

Só que sou brasileiro e não desisto nunca! Consegui duas empresas interessadas no projeto, mas até agora não juntei nem o mínimo para começar. É foda esse papo de lei de incentivo. Você pode usar 4% do imposto de renda, que por sua vez é 15% do lucro e que, salvo exceções do mercado financeiro, é por volta 25% do faturamento. Ou seja pequeno Buda, a cada 100 reáus que uma empresa fatura ela pode usar em cultura 0,15 cents de reáu. Se por presteza ou acaso algum milionário quiser mecenar este pobre garoto mande um e-mail ou acesse o projeto no site do Ministério da Cultura (http://www2.minc.gov.br/cgmi/internetSac/conspronac.htm),o número do Pronac é 068519. Enjoy!

Mas nada está perdido. Resolvi tocar o projeto pra frente do jeito que dá. Guardei as fitas do documentário no armário e comprei outras novas. A partir de agora vou gravar entrevistas novas (mesmo esquema, só que não apenas com políticos) e colocar na rede direto. Entrevistei segunda passada o vereador do PT José Américo, secretário geral da Câmara dos vereadores. Na terça iria gravar com José Aníbal, mas a assessora dele esqueceu que, o agora deputado federal, tinha uma reunião. Fazer o que? Sou brasileiro. Entrei em contato e estou tentando marcar entrevistas com mais alguns vereadores; Soninha, Trípoli, Mutram e Timóteo. Espero que aceitem o delicado pedido. Mas a jóia da cora é o Darth Vader da economia brasileira: Delfin Neto. Falei com seu assessor e ele foi com minha cara (eu acho). Realmente gostaria de entrevista-lo.

Também vou começar a publicar videologs. Já que inventaram esse papo de You Tube, é pra usar.

Peço que vocês, distintos leitores desta coluna, contribuam com sugestões de pautas e entrevistas. Vale qualquer entrevistado, não precisa ser político. O tema da entrevista é política, mas não precisa ser político. Mandem também perguntas. Quando eu tiver mais alguma entrevista marcada eu aviso com antecedência.

Abraços
André Perfeito