Uma porrada na letargia

E nós que somos tão inteligentes, tão cultos, tão belos; não conseguimos dizer mais nada. Somos inúteis nessa história.

Para mim eu quero a luta. Em tempos de paz o guerreiro volta-se contra si mesmo (Nietzsche). Quero ir dormir todo o dia com a sensação de que fui além, que lutei mais um pouco contra a minha complacência.

Estou condenado, estou fora do Paraíso. Para aqueles que comeram a maçã só uma opção: lutar.

Não quero voltar ao paraíso num Twingo, ou num Classe A; quero, isso sim, arrombar os muros desse jardim secreto, organizar a horda contra a paz de quem acha que tem paz, e no fim do dia descansar, mas de cansaço, de exaustão. Chega de viver essa comoda mentira organizada da mercadoria. Dane-se!

Sul-coreano é quem sabe protestar. Eles falam sério. Nao é essa brincadeira (talvez cordialidade?) tropical. E isso não e baderna, é luta.

Mais um favela pega fogo. Isso é noticia neste país desde a Revolta da Vacina no início do século. Nossa pobreza é secular. Nosso maior patrimônio.

Idéias inúteis

Equilíbrio: uma idéia que não serve mais para nada! Acabo de rever Guerra nas Estrelas e está lá “aquele que irá trazer equilíbrio para força”. E quem disse que a força quer se equilibrar? Esse resto de teologia barata quer é acabar com a força, quer nos tornar gado.

Hoje eu tenho é ódio! Ódio de tudo; de nós, deste país, de você meu incógnito leitor. Eu quero é guerra! Apaziguar o espírito é a receita para o niilismo. Eu tenho muitas lutas a serem travadas, não quero paz. Quero, isso sim, a boa luta. Quero a luta que fortaleça minha vontade, que enrijeça meu espírito. Chega de pequenez. Quero é poder do que possa.

Não há justiça no mundo. Há o mundo, e isso me basta.