Preliminares
Olá Brasileiro[1]. Me chamo André Perfeito (sim, Perfeito é sobrenome) e este é o Blog do “O Homem Vertical”. Se você viu o Teaser deve ter entendido um pouco do que isso tudo se trata. Se não viu ainda, vai lá.
Resumindo esta história toda:
Sou estudante de economia da PUC/SP. Durante muito tempo militei no Movimento Estudantil da Universidade, cheguei a fazer a besteira de ser presidente do Centro Acadêmico Leão XIII, dos alunos da FEA da PUC. Sempre adorei política, e sempre tive um nojo terrível. Amor e ódio, aquele papo todo.
Quando estourou essa estória toda do Mensalão[2] eu fiquei fascinado com a figura do Deputado Roberto Jefferson; e quem não ficou? O que ele dizia era extremamente forte. Senti que o Brasil estava vendo um fenômeno raro, como o nascimento de um buraco negro. Um político abrir o jogo daquele jeito era uma novidade raríssima.
Tenho que confessar; quando o vi falando no conselho de ética da Câmara tive um surto! “Mas Waldemar... justo você. Temos tanto em comum; gosta de jogo, mulherengo[3]...”. Vi a sessão na casa de uma amiga, que me ajudou muito neste projeto, e durante a transmissão do conselho eu dava pulos e socos no ar. “Não é possível!!!”, eu gritava, “ele vai entregar todo mundo! O Brasil vai parar!”. Minha amiga ficou levemente assustada comigo.
Tenho certeza, porém, que não foi só eu quem reagiu desta forma. Os dias que se seguiram foram memoráveis. O país se inquietou paralisado, pronto pra virar geléia! Queria saber tudo sobre aquilo tudo. Queria ver aquilo de perto!
Mas antes de continuar minha narrativa devo uma pausa. Não sei quem é você, querido leitor, mas eu sou daquelas pessoas que se sentem “meio brilhantes”, que adora discutir, que acredita que num lance genial, ao som de jazz ou Bossa Nova, vai redimir o mundo e encontrar um significado para toda a existência. Sou meio metido a besta, daquele tipo de pessoa que você encontra às pencas nos bairros boêmios do Brasil. A Vila Madalena, em São Paulo, é infestado deste tipo de gente, elas crescem como praga junto ao fungo de lúpulo que fica grudado nas paredes dos Pés Sujos da vida. Imagino que você deve ter sido assim alguma vez.
Disse isso tudo para te preparar, para você poder entender o que aconteceu. No meio daquela crise toda tive um pensamento atrevido. Sentia que o Roberto Jefferson queria falar muito mais sobre as denúncias que havia fazendo. Durante o programa Roda Viva senti que os repórteres estavam pegando leve como ele. E o Roberto foi para o ataque: “Estou num convento? Vocês nunca ouviram falar de Caixa2?”.
Percebi que aquela era minha deixa. Entrei na Internet naquela madrugada de segunda-feira e descobri o endereço dele em Brasília. Escrevi uma carta sugerindo ao deputado gravar um documentário sobre o modo que se faz política no Brasil. Não tinha muita esperança que ele me respondesse. Para mim era apenas mais uma sacada genial, mais uma das que tive na minha vida. O problema é que ele aceitou!
Meu amigo... Quando abri meu e-mail e vi lá “Você tem uma mensagem de Roberto Jefferson” quase morri. Segurei a onda fumando uns vinte cigarros na seqüência. Basicamente o e-mail dele dizia: ok, vamos fazer. Na mesma hora mandei um e-mail dizendo que tinha que falar com ele urgente, que tinha que mostrar o roteiro (imagina se eu tinha...). No domingo daquela semana ele me responde: ok, quarta-feira de manhã na minha casa aqui em Brasília. Meu amigo...
Como toda boa família paulistana domingo é dia de pizza[4] lá em casa. Fui com meu pai na Micheluccio da Avenida Pompéia (seguramente uma das melhores pizzas de São Paulo) para pedir as redondas. Fizemos o pedido e sentamos para esperar. Virei para meu pai e disse: “Pai, me meti numa encrenca”, “o que foi, André?”. Contei pra ele o causo tudo. Meu amigo... ele não acreditou em mim. Chegando em casa ele leu o e-mail. Fiz uma pesquisa rápida na Internet para ver passagem e hospedagem em Brasília. Na terça-feira me mandei para lá.
Resumindo é esta a estória desta aventura. Conversei com o Roberto Jefferson e com muitos outros políticos (ACM, Suplicy, Dirceu, Goldman, Jéferson Peres, Michael temer, José Eduardo Cardoso...), minha meta é conversar com alguns mais. Pretendo montar um documentário sobre como se faz política no Brasil através das falas dos próprios políticos.
Mas fazer cinema no Brasil é uma novela. Tentei terminar tudo antes das eleições de outubro, mas não foi possível. Porém sinto que não devo deixar passar esta oportunidade. Estamos em ano eleitoral e acredito que é um dever tratar destes assuntos. Foi tanta coisa que vi e ouvi que me sinto na obrigação de compartilhar.
A internet, como frisou Roberto Jefferson na sua entrevista, é um instrumento podereso de mobilização política. Uma multidão de brasileiros manifestaram suas opiniões na rede durante esta crise. Se não foram as ruas, como em outros tempos, fizeram da rede tribuna livre de idéias e opiniões. Vai ser muito interessante ver o resultado das eleições de outubro, nesta época de orkut, blogs e you tube. Quero fazer deste Blog um canal para transmitir o que vi e ouvi durante esta empreitada. Publicarei textos meus sobre o que acho da corrida presidencial e da política nacional. Além disso sempre haverá algum vídeo sobre política, um trecho das entrevistas que fiz, ou um vídeo interessante que achei. Nesta semana temos Fernando Gabeira detonando o despreparo de Severino Cavalcante.
Já que vivemos tempos "na linha", entrem na comunidade do blog no Orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5549982
Sintam-se em casa, mandem sugestões ou receitas de bolo. Ao longo dos dias publicarei mais detalhes sobre este projeto.
Forte Abraço.
André Perfeito
PS: Se algum engraçadinho acha que eu não registrei o nome "O Homem Vertical", está enganado. Este já está devidamente protocolado junto ao Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional.
[1] (a) (e) (i) (o) (ué)
[2] Nota de roda pé: Mensalão é uma palavra que ainda não consta no corretor do Word. Existe espinafre. Até quando?
[3] Mulherengo tem no corretor do Word.
[4] Irônico, não?
Resumindo esta história toda:
Sou estudante de economia da PUC/SP. Durante muito tempo militei no Movimento Estudantil da Universidade, cheguei a fazer a besteira de ser presidente do Centro Acadêmico Leão XIII, dos alunos da FEA da PUC. Sempre adorei política, e sempre tive um nojo terrível. Amor e ódio, aquele papo todo.
Quando estourou essa estória toda do Mensalão[2] eu fiquei fascinado com a figura do Deputado Roberto Jefferson; e quem não ficou? O que ele dizia era extremamente forte. Senti que o Brasil estava vendo um fenômeno raro, como o nascimento de um buraco negro. Um político abrir o jogo daquele jeito era uma novidade raríssima.
Tenho que confessar; quando o vi falando no conselho de ética da Câmara tive um surto! “Mas Waldemar... justo você. Temos tanto em comum; gosta de jogo, mulherengo[3]...”. Vi a sessão na casa de uma amiga, que me ajudou muito neste projeto, e durante a transmissão do conselho eu dava pulos e socos no ar. “Não é possível!!!”, eu gritava, “ele vai entregar todo mundo! O Brasil vai parar!”. Minha amiga ficou levemente assustada comigo.
Tenho certeza, porém, que não foi só eu quem reagiu desta forma. Os dias que se seguiram foram memoráveis. O país se inquietou paralisado, pronto pra virar geléia! Queria saber tudo sobre aquilo tudo. Queria ver aquilo de perto!
Mas antes de continuar minha narrativa devo uma pausa. Não sei quem é você, querido leitor, mas eu sou daquelas pessoas que se sentem “meio brilhantes”, que adora discutir, que acredita que num lance genial, ao som de jazz ou Bossa Nova, vai redimir o mundo e encontrar um significado para toda a existência. Sou meio metido a besta, daquele tipo de pessoa que você encontra às pencas nos bairros boêmios do Brasil. A Vila Madalena, em São Paulo, é infestado deste tipo de gente, elas crescem como praga junto ao fungo de lúpulo que fica grudado nas paredes dos Pés Sujos da vida. Imagino que você deve ter sido assim alguma vez.
Disse isso tudo para te preparar, para você poder entender o que aconteceu. No meio daquela crise toda tive um pensamento atrevido. Sentia que o Roberto Jefferson queria falar muito mais sobre as denúncias que havia fazendo. Durante o programa Roda Viva senti que os repórteres estavam pegando leve como ele. E o Roberto foi para o ataque: “Estou num convento? Vocês nunca ouviram falar de Caixa2?”.
Percebi que aquela era minha deixa. Entrei na Internet naquela madrugada de segunda-feira e descobri o endereço dele em Brasília. Escrevi uma carta sugerindo ao deputado gravar um documentário sobre o modo que se faz política no Brasil. Não tinha muita esperança que ele me respondesse. Para mim era apenas mais uma sacada genial, mais uma das que tive na minha vida. O problema é que ele aceitou!
Meu amigo... Quando abri meu e-mail e vi lá “Você tem uma mensagem de Roberto Jefferson” quase morri. Segurei a onda fumando uns vinte cigarros na seqüência. Basicamente o e-mail dele dizia: ok, vamos fazer. Na mesma hora mandei um e-mail dizendo que tinha que falar com ele urgente, que tinha que mostrar o roteiro (imagina se eu tinha...). No domingo daquela semana ele me responde: ok, quarta-feira de manhã na minha casa aqui em Brasília. Meu amigo...
Como toda boa família paulistana domingo é dia de pizza[4] lá em casa. Fui com meu pai na Micheluccio da Avenida Pompéia (seguramente uma das melhores pizzas de São Paulo) para pedir as redondas. Fizemos o pedido e sentamos para esperar. Virei para meu pai e disse: “Pai, me meti numa encrenca”, “o que foi, André?”. Contei pra ele o causo tudo. Meu amigo... ele não acreditou em mim. Chegando em casa ele leu o e-mail. Fiz uma pesquisa rápida na Internet para ver passagem e hospedagem em Brasília. Na terça-feira me mandei para lá.
Resumindo é esta a estória desta aventura. Conversei com o Roberto Jefferson e com muitos outros políticos (ACM, Suplicy, Dirceu, Goldman, Jéferson Peres, Michael temer, José Eduardo Cardoso...), minha meta é conversar com alguns mais. Pretendo montar um documentário sobre como se faz política no Brasil através das falas dos próprios políticos.
Mas fazer cinema no Brasil é uma novela. Tentei terminar tudo antes das eleições de outubro, mas não foi possível. Porém sinto que não devo deixar passar esta oportunidade. Estamos em ano eleitoral e acredito que é um dever tratar destes assuntos. Foi tanta coisa que vi e ouvi que me sinto na obrigação de compartilhar.
A internet, como frisou Roberto Jefferson na sua entrevista, é um instrumento podereso de mobilização política. Uma multidão de brasileiros manifestaram suas opiniões na rede durante esta crise. Se não foram as ruas, como em outros tempos, fizeram da rede tribuna livre de idéias e opiniões. Vai ser muito interessante ver o resultado das eleições de outubro, nesta época de orkut, blogs e you tube. Quero fazer deste Blog um canal para transmitir o que vi e ouvi durante esta empreitada. Publicarei textos meus sobre o que acho da corrida presidencial e da política nacional. Além disso sempre haverá algum vídeo sobre política, um trecho das entrevistas que fiz, ou um vídeo interessante que achei. Nesta semana temos Fernando Gabeira detonando o despreparo de Severino Cavalcante.
Já que vivemos tempos "na linha", entrem na comunidade do blog no Orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5549982
Sintam-se em casa, mandem sugestões ou receitas de bolo. Ao longo dos dias publicarei mais detalhes sobre este projeto.
Forte Abraço.
André Perfeito
PS: Se algum engraçadinho acha que eu não registrei o nome "O Homem Vertical", está enganado. Este já está devidamente protocolado junto ao Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional.
[1] (a) (e) (i) (o) (ué)
[2] Nota de roda pé: Mensalão é uma palavra que ainda não consta no corretor do Word. Existe espinafre. Até quando?
[3] Mulherengo tem no corretor do Word.
[4] Irônico, não?
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2:52 AM
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