Política, Kombi e quatro caras armados (Parte 2)
Um comitê político é basicamente santinho e gente. Santinho tem uma dinâmica engraçada; chegam organizados em pilhas industriais e aos poucos vão tomando vida própria. Eles se rebelam contra aquela ordem mecânica. Vão se desgarrando do monte e seguindo pela vida. Acredita que já encontrei não um, mas um monte deles, no congelador da geladeira? Fui pegar uma cerveja e pá! Lá estavam eles. Depois de algumas semanas de campanha é impossível manter um comitê organizado, ele toma vida própria.
Outra parte do comitê é gente. Sempre tive o péssimo hábito de observar pessoas. Não sei se é certo ou errado, mas me parece uma mania que está no rol das manias repreendidas pelas mães, do tipo: “tira o dedo do nariz”, ou “não responde que é feio”. Fazer o que? Um vício a mais, um vício a menos não vai me matar. Pois bem, observava aquele mundaréu de gente que entrava e saía sem parar do comitê.
A situação era propícia para cativar este velho hábito. Uma campanha política serve como uma espécie de azul de metileno (lembra das aulas de biologia?), uma espécie de contraste onde as relações sociais são ressaltadas com uma coloração extremamente viva. Já disse que existiam vários grupos de pessoas num comitê: quem panfleta, quem organiza, quem dirige Kombi e quem observa as pessoas. O comitê era uma espécie de micro cosmos social, dava para ver nitidamente as contradições entre ricos e pobres, preguiçosos e trabalhadores, homens e mulheres, vidas e vidas.
Para ilustrar vou comentar um aspecto deste enorme teatro que foi a campanha de 2004.
Outra parte do comitê é gente. Sempre tive o péssimo hábito de observar pessoas. Não sei se é certo ou errado, mas me parece uma mania que está no rol das manias repreendidas pelas mães, do tipo: “tira o dedo do nariz”, ou “não responde que é feio”. Fazer o que? Um vício a mais, um vício a menos não vai me matar. Pois bem, observava aquele mundaréu de gente que entrava e saía sem parar do comitê.
A situação era propícia para cativar este velho hábito. Uma campanha política serve como uma espécie de azul de metileno (lembra das aulas de biologia?), uma espécie de contraste onde as relações sociais são ressaltadas com uma coloração extremamente viva. Já disse que existiam vários grupos de pessoas num comitê: quem panfleta, quem organiza, quem dirige Kombi e quem observa as pessoas. O comitê era uma espécie de micro cosmos social, dava para ver nitidamente as contradições entre ricos e pobres, preguiçosos e trabalhadores, homens e mulheres, vidas e vidas.
Para ilustrar vou comentar um aspecto deste enorme teatro que foi a campanha de 2004.
1 Comments:
Então santinho é que nem confete, "pedacinhos coloridos de saudade" encontrados meses depois do carnaval nos lugares mais inóspitos da casa...
By luddista, at 11:32 PM
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